No palco da vida, as mulheres assumem diversos papéis, equilibrando trabalho, família e responsabilidades sociais. Em 50,8%* dos lares brasileiros, elas são responsáveis também pela administração do orçamento familiar. Essa sobrecarga, somada à desigualdade salarial - pois ganham quase 21%* a menos do que os homens - e ao histórico de desvantagem no mercado financeiro, a conta não fecha nunca e o sentimento de impotência afeta diretamente a saúde mental e emocional.
O desequilíbrio financeiro traz, muitas vezes, a falta de sono na madrugada, acompanhada de pensamentos negativos, falta de perspectiva em relação ao futuro, crises de choro, ansiedade, estresse, depressão e pânico, o que afeta a saúde como um todo, os relacionamentos em geral e a produtividade.
Mas, saiba que é possível transformar esse relacionamento desafiador com o dinheiro em uma jornada de crescimento pessoal e de tranquilidade financeira. O caminho para uma vida financeira saudável começa com o conhecimento e a capacidade de enfrentar os desafios com resiliência.
Saúde emocional e educação financeira
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saúde mental como um estado de bem-estar, quando as pessoas são capazes de utilizar suas habilidades cognitivas e emocionais para lidar com as demandas e o estresse do dia a dia.
E quando os pratos começam a cair, é preciso procurar ajuda. Práticas como meditação, exercícios regulares e terapias podem fortalecer a resiliência emocional, capacitando as mulheres para enfrentar desafios financeiros com maior clareza e confiança.
A falta de acesso a recursos e a desigualdade de oportunidades no mercado de trabalho impactam negativamente na capacidade que as mulheres têm de atingir seu potencial financeiro total e a tão sonhada estabilidade.
Além disso, a autoestima e a autoimagem, por exemplo, podem afetar não apenas o estado emocional, mas também a maneira como as mulheres lidam com suas finanças, ao tomar decisões financeiras impulsivas e adiar a procura por ferramentas que ajudem na gestão financeira.
Mas a educação financeira desempenha um papel crucial na autonomia e liberdade feminina e o primeiro passo para lidar com todo esse estresse financeiro é a conscientização. Reconhecer as emoções associadas ao dinheiro é fundamental e libertador.
Ao desenvolver habilidades de gestão de recursos, conhecer o básico sobre orçamento, investimentos e planejamento financeiro, as mulheres passam a tomar decisões mais assertivas e controladas, que impactam positivamente não só na vida particular, mas de toda família.
Mentoria e networking financeiros
Ter uma rede de apoio pode ser algo transformador. Mulheres costumam compartilhar suas experiências e podem orientar umas às outras em questões financeiras e emocionais, criando um ambiente solidário de crescimento e empoderamento. A Ativa conta com o programa Na Ponta do Lápis, uma consultoria financeira gratuita que pode ajudar mulheres cooperadas do Grupo a organizar as finanças pessoais.
Saiba que é possível definir metas financeiras realistas de acordo com as prioridades individuais, objetivos e sonhos e, de quebra, reduzir a pressão e o estresse associados ao dinheiro.
Com as contas em ordem, dá para reservar parte do orçamento para atividades que promovem o bem-estar e ajudam a manter a saúde emocional em dia, como atividades físicas, entretenimento com a família e amigos, viagens, momentos de autocuidado e autoconhecimento.
Benefícios da educação financeira para a saúde emocional:
*Dados do IBGE